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Parques de Londres

Jardins grandiosos e luxuosos eram uma dos prazeres dos reis e dos nobres. Com o advento da participação do povo ao adquirir, aos poucos, a possibilidade de ter voz, ou com o que poderia se chamar o início da democracia moderna, os governantes passaram a construir parques para o povo.

Tenho observado nas minhas viagens que os mais belos parques foram construídos justamente nos países em que a realeza sofisticada influenciou a reprodução de seus jardins palaciais, aceitando, ou sendo obrigada a aceitar, o inevitável de que o povo teria aberto os olhos para o prazer da natureza paisagística.

Fico sempre embasbacada com os parques europeus. A França é o país colorido pelas flores, enquanto a Inglaterra, por causa de seu clima, é pintada de verde por árvores e plantas. Há muitos parques em Londres, nas aéreas que no passado eram propriedades reais, como Regents Park, Holland Park, Greenwich Park, etc.

O Hyde Park, foto a seguir, é o mais famoso, enorme, com várias entradas fica no centro da cidade. A marca deste parque é o Albert Memorial, com a suntuosa estátua dourada do marido da Rainha Vitória, o príncipe Albert. Tem ainda uma fonte de água corrente, a Diana Memorial Fountain, mas que não achei grande coisa. Vi só um pedacinho do parque, porque não havia tempo na agenda dessa viagem. Sem tempo nem para trocar de roupa!

Vizinho ao Buckingham Palace está o Green Park, abaixo, que no passado era o local onde se marcava duelos. Por um instante tive arrepios! O Portão dourado de entrada imita o Buckingham. Lindo, tive vontade de visitar, mas só caminhei um pouco.

O St James’s Park existe desde o séc. 17, é tranquilo, tem vista para o Palácio de Buckingham e para a London Eye. Caminhei por esse parque até chegar a London Eye. Como faço de vez em quando, estava sozinha, desgarrada do grupo, cumprindo minha vocação aventureira. Vejam que adorável!

Festejando o Jubileu de Diamante de Elizabeth II, plantas foram transformadas em coroas.

E a London Eye, ao fundo, a minha espera. Caminhei por todo o James Park até chegar lá.

John Nash, homenageado nesse parque, foi um arquiteto e urbanista inglês. Nasceu em 1752 e n morreu em 1835. Era um jovem rico, mas que perdeu a fortuna em especulações do mercado financeiro, por isso teve que trabalhar. Em 1798, o Príncipe de Gales o contratou para trabalhos de arquitetura paisagista em parques, bem como para construções de casas, num estilo que marcaram Londres. Na reforma do Palácio de Buckingham ele levou dez anos, gastou tanto que foi demitido. Em Londres, o visitante tem que saber quem é ele.

Ficou faltando uma coisa. Fazer um picnic no Green Park, com os poemas (traduzidos) do livro "Brilho de uma Paixão", do romântico inglês John Keats, séc. 19, que morreu tuberculoso como os antigos românticos; uma cesta, toalha xadrez, comida francesa e a cerveja inglesa Londo Pride. Assim, terei que voltar. Viaje comigo.

"Ela encontrou para mim raízes de doce alívio, mel selvagem e orvalho da manhã...." (A Bela Dama sem Piedade, J. Keats)

ESCRITO POR MARLENE VAZ

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