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Toda Luz Que Não Podemos Ver


Título Original: "All the Light We Can See"

Best-Seller número 1 do The New York Times, mais de 1 milhão de exemplares vendidos.

O livro conta a história de uma menina francesa e de um menino alemão durante a Segunda Guerra.

Marie-Laure vive em Paris, próximo ao Museu de História Natural, onde seu pai é o chaveiro responsável por cuidar de milhares de fechaduras. Quando a menina fica cega, aos seis anos, o pai constrói uma maquete em miniatura do bairro onde moram para que ela seja capaz de memorizar os caminhos. Na ocupação nazista em Paris, o pai foge com a filha para a cidade de Saint-Malo porque lhe foi confiado pelo diretor do museu um valioso brilhante do acervo desse patrimônio, por causa do saque dos nazistas a peças valiosas.

Concomitantemente, em uma região de minas na Alemanha, o órfão Werner cresce com a irmã mais nova, encantado pelo rádio que certo dia encontra num depósito de lixo. Encantado, acaba se tornando especialista no aparelho, talento que lhe vale uma vaga em uma escola nazista e, logo depois, uma missão especial: descobrir a fonte das transmissões de rádio responsáveis pela chegada dos Aliados na Normandia. Os alemães aumentam a idade do jovem para que ele fosse alistado e o enviam para Saint-Malo, onde o destino o faz conhecer Marie-Laure, enquanto ambos tentam sobreviver à Segunda Guerra Mundial.

Como sou da geração da guerra e conhecendo Saint-Malo, a Cidade dos Piratas, cidade que já descrevi neste Blog, pude desfrutar de cada rua descrita e comprovar a destruição de Sanit-Malo pelas tropas alemãs, mas depois reconstruída. A história é surpreendente e cheia de suspense.

Marie-Laure e Werner experimentam, na infância e parte da adolescência, a crueldade da guerra. A música clássica que Marie-Laure transmite através da antena do rádio do tio, um objeto proibido pelos nazistas, além da transmissão de sua leitura em Braille do livro Vinte Mil Léguas Submarina, de Júlio Verne, foram os sons capitados pelo aparelho que Werner usava para descobrir rádios de transmissões clandestinas para a resistência francesa. A história emociona e nos desespera pela falta de lembrança da humanidade que entre os povos atacados também existem crianças e adolescentes.

Antes de seu tio ser preso, Marie Laurre o ajudava a fazer as transmissões de informações estratégicas para os heróis da Resistência Francesa.

Lembrei-me então da menina síria Bana Alabed de sete anos que, com a ajuda da mãe, criou em agosto de 2016 uma conta na internet para relatar ao mundo, através de vídeos, como era a vida das crianças em Aleppo vivendo os horrores da guerra. Conta que o hospital e sua escola viraram ruínas.

Assim como Marie-Laure, Bana comunicou-se com o mundo por meio da tecnologia. Vozes infantis gritando: Atenção Mundo, nos salvem!

ESCRITO POR MARLENE VAZ

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