Castelo de Cheverny e As Aventuras de Tintin

O château de Cheverny, cujas terras foram compradas pelo Tenente General dos Exercítos do Rei da França e Tesoureiro Militar do Rei Luís XI, construído de 1624 a 1630, fica no Vale de Loire (Valée de la Loire), onde encontram-se mais de 100 castelos, porque era a região em que os reis franceses, desde a Idade Média, ostentavam seu poder. Os mais antigos castelos franceses eram medievais, enquanto os novos têm arquitetura renascentistas, com esplendorosos jardins, e foram destinados ao entretenimento.

O proprietário foi denunciado por ter cometido fraude ao estado, então o castelo foi recuperado pela Coroa Francesa, por ordem do Rei Henrique II que o presenteou a sua amante Diane de Poitiers, mas esta preferiu o Château de Chenonceau, sendo ela uma das sete mulheres que comentei no texto sobre aquele castelo. Diane, esperta, vendeu o castelo de Cheverny ao filho do primeiro proprietário, Philippe Hurault.

Esse proprietário contratou o arquiteto Jacques Bougier para reformas, mas a decoração foi concluída por sua filha, a Marquesa de Montglas, de 1650 a 1656, contratando o escultor e marceneiro Hevras Hammrber e o pintor Jean Mosnier, ambos da cidade de Blois.

Em 1914, o proprietário abriu o palácio ao público, provavelmente para angariar recursos para manter o luxo da propriedade. O atual proprietário descendente, o Marquês de Vibraye e sua família, continua a habitar o Château de Cheverny (vide foto acima).

Este é um castelo por demais elegante, arquitetura simétrica, é pequeno, mas sua decoração interior é luxuosa.

Nas histórias francesas em quadrinhos"As Aventuras de Tintin", o castelo de Moulinsart, cujo dono é o capitão Haddock, foi inspirado nesse castelo.

Tintin, um jovem repórter e viajante belga, sempre acompanhado do seu cão Milou, além do capitão Haddock e outros personagens, estão numa série em quadrinhos criada pelo autor belga George Prosper Remi. Trata-se o gibi de uma sátira às histórias de fantasia, mistério e ficção científica.