Cidade de Vannes e Alexandre Dumas
- marlavaz
- 10 de nov. de 2016
- 2 min de leitura

Vannes é uma comuna francesa (organização administrativa) na região administrativa da Bretanha, no departamento Morbihan (golfo de Morbihan), entre os rios Marle (quase que era Marla!) e Vince.
Tem duas Vannes. A moderna, grande e próspera. Outra entre muralhas, relíquia medieval muito bem conservada, no núcleo do espaço geográfico. No início, viviam aí os vinnetis (vem do nome Vanis, marinheiro Celta) até os romanos fazerem o que sempre fizeram – invadiram e conquistaram. E aí vem uma história de guerras, inclusive a Revolução Francesa, tudo aí nessa cidade que certamente vocês nem estão interessados. Ela tem conexão para Quimper, Rennes e Nantes, que também visitei.

Na fantasia, aparece um bispo de Vannes no livro de Alexandre Dumas “Os Três Mosqueteiros”, como um personagem da cidade. Assim também em outras obras de ficção que vi expostas, mas que não li, porque também não foram traduzidas para o português. Todavia me senti pobre, miserável, quando vi a enorme relação de famosos intelectuais nascidos em Vannes e eu conhecia nenhum! Tem nomes de alpinistas famosos e de jogadores de futebol, mas estes nem poderia conhecer, pois mal conheço os nomes de jogadores do futebol brasileiro.

A sensação é de que Vannes foi uma linda caixa preta para mim. Sabia nada dessa cidade. E o mais complicado. Chovia tanto que foi impossível fotografar esta encantadora cidade. Ruas e casas medievais, comércio intenso, de bom gosto, cheio de ervas, sabores e odores da Bretanha, e você não deixará de trazer potinhos dessas riquezas. A praia não me pareceu grande coisa. Sugiro não ir a partir da 2ª quinzena de agosto em diante até acabar o inverno, pois chove intensamente e faz muito frio.

Esta é Catedral de St. Pierre, construída no século 13, depois foi renovada, assim hoje tem vários estilos de arquitetura. Atrás do alta-mor é o tesouro onde há cálices de ouro. Os vitreaux, como sempre, contam as páginas da Bíblia e mostram o poder de Nossa Senhora, a mãe de Jesus. E, como em todas as catedrais que visitei, tem um altar somente para celebração da missa. São sempre simples, clean. O altar ou coro não usados são sempre faustosos. O altar lateral de Santo Antonio tem em todas as catedrais. Eu diria que este Santo é o “arroz de festa” de todos os lugares sacros por onde passei, é o mais popular em toda a Europa, exceto Praga, ateia, onde não tem lugar para todos os santos, mas para as artes de todas as épocas. Tem até uma igreja medieval de São Jorge completamente sem imagens.

Come-se muito bem em Vannes, especialmente sardinhas assadas, ceviche, peixe e frutos do mar. E degusta-se preciosa cidra.



Passear pela cidade foi um prazer. Pena era a fria chuva castigando, mas não me intimidou.
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