Cidade d' Angers e o licor Cointreau
- marlavaz
- 8 de nov. de 2016
- 2 min de leitura

Angers, cidade Medieval, é a capital da Maine-et-Loire, banhada pelo rio Maine que é afluente do Loire, situada a 305 km do sudoeste de Paris, no Vale de Loire. Para variar, na antiguidade sofreu invasão dos Vikings. Depois foi ocupada pelos Galos-romanos (não confundir com galos de briga, embora eu não veja muita diferença).

Trata-se de uma cidade universitária. É industrializada e muito conhecida pela produção de legumes, hortaliças e pelo comércio de flores. Suas exposições de flores são fenomenais!
Lá se fabrica o licor de laranja Contreau!!! Quem criou este licor foi Édouard Cointreau (1849-1923). De agora em diante, quando bebericarem esse licor Édouard estará de "olho français" em vocês. Que importância tem quem inventou o famoso licor? Não sei, só sei que fiquei sabendo e estou passando adiante. Apenas garanto que o sabor desse licor é dos deuses e agrada a todos os gostos.

Entre muitos pontos turísticos destaca-se o lindíssimo Château D’Angers, construído 4500 a.C., com seus inesquecíveis jardins. É também conhecido como o Château de Rois René (Renato I de Nápoles, esses italianos também não foram de brincadeira nas conquistas pelo mundo!!!). Trata-se, como eu definiria, de um castelo “de verdade”.
Fiquei com o dedinho nervoso e tirei inúmeras fotografias dos jardins desse Château. Ao redor, um fosso com água e tudo que uma fortaleza tem direito, inclusive na entrada uma imponente ponte levadiça. Dá para imaginar as batalhas ali travadas. O ar de mistério medieval absorve nossa imaginação, sente-se medo de dragões. E dentro do castelo, no escuro medieval, dá-se o encontro com fantasmas nobres.

A cidade é adorável! Caminhei sem destino, me perdendo pelas ruas, só cumprimentando as pessoas: Bonjour! Porque na França se cumprimenta com bonjour até à meia noite, ou seja, esqueçam bonsoir, e bonne nuit só use à meia noite. Passei um tempinho num café, conversei com gente receptiva, intelectuais franceses, mostraram-me livros interessantes. Comi delicioso crème brûlée acompanhado de uma taça do vinho doce da uva contaminada com o fungo Botrytis cinérea - o Sauternes do Château d'Yquem – do sul de Bordeaux, e apreciado por Thomas Jefferson, Vladmir Nabokov, Fiodor Dostoievski, Marcel Proust, Júlio Verne e Alexandre Dumas Filho. Crème brûlée e vinho doce é uma perfeita harmonização no cardápio français. Adoro cometer na França o que no Brasil seria “sofisticação francesa”. Ali, quem de nós não ousaria?



Castelo medieval com fosso e ponte levadiça, jardins de exorbitante beleza e o vinho Sauterners ou “luz engarrafada” ...que mais desejar da vida?
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