Carnac e suas Misteriosas Pedras Megalíticas

Carnac, Normandia, França, é uma pequena vila com 5 mil habitantes.

Sua fama deve-se aos alinhamentos de Carnac (Alignement de Kermario), Patrimônio da Humanidade.

Esses alinhamentos de pedras ou menires foram erigidos no período Neolítico, supostamente datados em torno de 4 mil e quinhentos anos a. C., distribuídos ao longo de mais de quatro quilômetros. Os alinhamentos de Carnac são os mais famosos megaliths já encontrados e os mais impressionantes deste período, ainda com quase 4.000 pedras de pé.

Segundo documentos de pesquisa do museu local, as tribos que aí habitavam moravam em grandes casas de madeira e argila, praticando a agricultura e a pecuária. Os pesquisadores afirmam que não se tem a prova científica do que essas pedras representam. Uma dos pressupostos é de que o sedentarismo os levou a criar um culto aos mortos por meio da construção coletiva de enormes túmulos. Porém, outros levantam a hipótese de que seriam representações de núcleos familiares, outros de que seria um calendário astronômico. Há hipóteses científicas, bem como crenças em representações fantasmagóricas do imaginário humano. Enfim, uma incessante busca em desvendar o mistério dessas pedras.

Como a maioria das pedras são grandes e pesadas, supõe-se que esses povos conheciam o jeito de manobrar as pedras com a ajuda de troncos. Há o famoso Dólmen, que em bretão significa mesa de pedra, que são enormes pedras arrumadas no formato de uma mesa, cuja hipótese é de que seria um túmulo coletivo, quem sabe, de mortos de uma grande família.

Minha impressão, ao tentar descobrir o mistério daquelas composições, é de que voltei a um período de vida na terra em que os homens buscavam representações simbólicas em pedras, espécie de fotografias, para deixar gravado: Nós estivemos aqui na terra.

Ao percorrer, literalmente, o caminho das pedras, fui tomada pela sensação de que ancestrais me observavam. De arrepiar.