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Caen e o Memorial da Paz

  • Foto do escritor: marlavaz
    marlavaz
  • 6 de out. de 2016
  • 2 min de leitura


Retiro o que disse sobre Caen. Eu quase disse que era uma cidade feinha. Contudo devemos respeito a esta cidade digna que viveu um dos conflitos mais difíceis e alongados, quando os aliados desembarcaram nas praias da Normandia durante a 2ª Guerra. Caen foi praticamente destruída! Perderam-se muitos prédios que datavam da Idade Média, e sua reconstrução terminou em 1962.


Caen foi assim escolhida para sediar o memorial, por ter sido a cidade mártir da libertação, como uma forma de reparação. O memorial é também um espaço para reflexão objetivando a paz. Esse é o diferencial – um caminho para a paz no mundo.

A estratégia dos aliados era tomar primeiro a cidade Caen dos nazistas, por causa do Rio Orne e do canal Caen, tirando a água dos alemães, mas também por causa da estrada que se bifurcava para outras cidades. Ainda, a área ao redor de Caen era muita aberta, assim permitiria o pouso de aviões. Todavia os alemães apostaram alto na defesa de Caen, então a estratégia dos aliados mudou, e a primeira cidade a ser libertada foi Baeux.

O Memorial conta a história da humanidade a partir da 1ª Guerra. A entrada do Prédio do Memorial tem a forma arquitetônica de uma fresta. A ideia é de reconciliação. E na parte externa a escultura de um revólver torcido para indicar uma mão com o símbolo da reconciliação para a paz.



O Memorial tem documentos da 1ª e da 2ª Guerra, porém muito mais sobre essa última, inclusive documentos recentes, porque a comunicação avançou. A ideia é montar também uma parte documental sobre os conflitos atuais.

Fiquei emocionada. E meu olhar e o dedo na máquina fotográfica não pararam um segundo. Queria tirar o máximo de aprendizado sobre a 2ª Guerra, porque pertenço à geração dessa guerra. Recebi meu nome em homenagem a Marlene Dietrich, musa daquela época. Encontro sempre, em vários países europeus, pratos, xícaras, com meu nome. No noroeste da França encontrei tigela para consumé – Marlène - como eles escrevem em français.

A lojinha do Memorial vende lembranças da época que são um tesouro histórico. Saí carregada de pequenas preciosidades.

Inúmeras fotos são muito fortes, por isso selecionei apenas estas para mostrar. Lembrei-me da recente declaração de uma criança, em setembro de 2016, em meio ao bombardeio na Síria: "Guerra é para matar crianças".

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ESCRITO POR MARLENE VAZ

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