Praga, Acendam Incensos em Louvor!

Praga (Praha), capital da República Checa (Ceská Republika) e em português Tcheca, banhada pelo rio Vltava, fica no Leste Europeu. Sua origem data do período Paleolítico Superior, século X, quando tribos eslavas se fortificaram nas suas duas colinas oposta, tornando-se trajeto de vários povos.

No séc. XI, começou a se desenvolve, através da Cidade Velha, com assentamentos de comércio alemão, a fundação da cidade judia de Malá Strana (Cidade Pequena) e a primeira muralha edificada pelo rei Wescelau. No séc. XIV, quando residência dos reis da Boêmia, tornou-se a sede do Sacro Império Romano, com quatro núcleos urbanos e dois castelos, povoada por pessoas de diferentes origens.

Sob o império dos Habsburgos, a cidade teve um expressivo desenvolvimento cultural, político e religioso e, depois, ficaria estagnado pela “expropriação de Praga" em 1620, que deu lugar à Guerra dos Trinta Anos, tendo sido saqueada e incendiada. No séc. XVI, foi impecavelmente reconstruída e embelezada por arquitetos e artistas, quando se inaugurou o Teatro Nacional e o Museu Nacional.

Depois Primeira Guerra Mundial, Praga tornou-se a capital do estado. Em 1939, acidade já era uma metrópole multi-étnica na vanguarda do desenvolvimento industrial, capital artística, literária e arquitetônica, e sua população apontava 850.000 habitantes. Nos últimos séculos, a Praga Moderna expôs o estilo neo-renascentista, art-nouveau, o cubismo, bem como os conceitos de construtivismo e funcionalismo, além da consagrada literatura checa e a intensa produção musical. E durante a Segunda Guerra Mundial, a cidade perdeu o seu caráter multi-étnico, hoje com predomínio checo.

Não se pode deixar de visitar a Cidade Velha (Stare Mesto) com sua praça e seus edifícios barrocos e góticos, a Igreja de Sv. Jakub, o Templo de Týn, Igreja de São Nicolau, e a Igreja de Nossa Senhora da Vitória com o famoso Menino Jesus de Praga; a igreja de São Jorge, sem imagem do santo; Cidade Pequena (Malá Strana) e suas sinagogas, o museu judaico e o Velho Cemitério Judaico; o Castelo (Hradcany), a Cidade Nova (Nove Mesto), Vysehrad e a Grande Praga (Velká Praha) que mostra a vida cotidiana dos moradores, porém pouco visitada. O Relógio Astronômico da Câmara Municipal, uma joia dourada com as figuras se mexendo. Os Portais históricos de proteção da cidade, por onde passam os cidadãos, são de emudecer! Você os atravessa pisando na história!

A Cidade Velha preserva as casas do escritor Franz Kafka, W.A.Mozart, L.van Beethoven (foto que fiz questão de pousar, lembrando-me do bom gosto musical de minha mãe). Uma dica é passear no bairro Hradcany, onde tem tesouros arquitetônicos, sendo o mais importante o palácio Schwarzenberk ou o palácio Sternberk. Diversas igrejas e capelas estão no bairro Loreta.

O Palácio residência oficial do Presidente da República, antes residência Real, na calçada em frente à entrada tem um ponto branco pintado nas pedras, que é a marca onde Obama fez o acordo com o Presidente da República Cheka para o desarmamento nuclear.

A Cidade Nova, fundada por Carlos IV, abriga numerosos conventos, mosteiros, igrejas e praças. A Praça Wenceslau, repleta de restaurantes, hotéis e lojas, múltiplos espetáculos e atividades ao ar livre. Nesta parte de Praga, às margens do rio Moldava (Vltava), encontra-se um destaque da arquitetura contemporânea – o Edifício Dançante, inspirado na saia de cristal da atriz americana Ginger Rogers, no filme “Nas Águas de Esquadra”.

A Ponte de Carlos, 1357, longa, é imperdível de ser atravessada (proibido veículos), onde você encontra espetáculos de música clássica, erudita e jazz. E gente do mundo inteiro! Você só ouve as guias de turismo gritando, em todas as línguas: “Cuidado com o carteiristas!”

Assistimos o espetáculo “Teatro de Sombras”, com figuras negras de animais. É um ambiente totalmente escuro, onde o corpo humano projeta as mais diversas imagens. Trata-se de arte muito antiga. E também fomos a inúmeros concertos de música clássica, em vários teatros, que são apresentados dia e noite, sem parar.

Sendo você das áreas de arquitetura e artística, precisa visitar Praga, pois suas construções na cidade e as obras de arte nos museus são uma universidade explicita dos estílos de todas as épocas. Atenção. Apesar de tantas igrejas históricas, um sentimento bem checo é o ateísmo, e ficam injuriados quando brasileiros fazem piada de duplo sentido com o nome Theca.

Amigos meus, de instituições estrangeiras, bem como guias da Abreu Turismo, acendem incensos em louvor à Praga. E querem me convencer de que é mais linda do que minha Paris. Com toda minha admiração por essa cidade que é uma universidade de arte ao ar livre, e ao seu Rio Vltava, quando eu morrer quero que minhas cinzas sejam jogadas no Rio Sena.