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Pise de Leve em Viena


A história dos principais personagens que aprendi em Viena, Áustria, quando estive em julho de 2010, foram os da dinastia dos Habsburgo, com destaque para a Imperatiz Maria Tereza (mãe de Marie Antoniette, portanto minha mãe em outra vida, se assim houver), conhecida como “a sogra” da Europa, por ter casado filhas e filhos com princípes e reis, para garantir a independência da Áustria. E do também famoso Imperador Francisco José e sua esposa Sissi.

Sissi, retratada no cinema e injustiçada pela história como mulher adúltera, era lindíssima, mas sofria de anorexia. Tinha a cintura mais fina que já se viu numa mulher. Um dos companheiros de viagem Tom Lima, advogado em Salvador, além de fotógrafo premiado internacionalmente e com senso de humor inpagável, disse-me que Luiz Gonzaga fez a música “Vem cá, cintura fina, cintura de pilão..” em homenagem a Sissi. Todavia, a cintura de rei Francisco José era mais fina que a dela. Vimos as fotos no Castelo, supostamente moda naquela época.

A cidade de Viena é cortada pelo Rio Danúbio, até hoje um dos maiores símbolos da cidade e de essencial importância para a economia vienense (o Danúbio alí é mais claro, ou seja, menos marrom do que em outras cidades).

No rio Danúbio encontra-se a Torre de Danúbio, uma torre de metal de 287 metros, que abriga um restaurante rotatório com uma vista magnifica para a cidade e uma famosa cafeteria, onde passámos lindos os momentos e onde o amigo Tom Lima fez minha foto que está neste blog, a pedido de sua mulher Martha.

Viena conta com uma particularidade arquitetônica influenciada pelo crescente modernismo, que foi denominada Ringstrasse, idealizada e construída no século XIX. Essa mudança pragmática da antiga cidade para a nova Viena caracterizou-se pela resignificação da cidade. A cidade tem vários palácios como o Palácio de Schönbrunn. Suntuoso! Tive alí a sensação de dejá vu. Quase não saio de lá. Marie Antoinette no início da adolescência tinha um salão particular. Uma bela tela na parede mostrava a adorável menina.

Das varandas desse palácio avista-se, ao longe, o local onde possivelmente a familia real fazia piquiniques. E eu lá me reportando, visualizando aquela época.

Localiza-se na cidade de Viena uma das maiores catedrais góticas medievais, a Catedral de Santo Estêvão (Stephansdom), um grande exemplo da arquitetura medieval que remonta ao século XI.

Alí se encontrava uma das sedes das Nações Unidas abrigando a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) e a Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA). Encontrava-se também a sede da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

A cidade é um importante centro de música erudita, muitas vezes mencionada como a Cidade dos Músicos. Avistámos pelas ruas criancinhas, crianças e adolescentes, empunhando seus violinos em direção à escola. Mantem-se a tradição.

Muitos dos mais famosos compositores eruditos do mundo nasceram na Áustria, entre os quais Wolfgang Amadeus Mozart, Joseph Haydn, Franz Schubert, Anton Bruckner, a família Strauss, Arnold Schönberg, Anton Webern, Alexander von Zemlinsky, Siegmund von Hausegger e Alban Berg. A cidade de Viena historicamente sempre foi um dos mais importantes centros mundiais da inovação musical.

Além dos compositores nativos, muitos outros compositores de outros países foram atraídos para a Áustira devido ao patrocínio dos Habsburgo, entre os quais Ludwig van Beethoven, Carl Maria von Weber e Johannes Brahms. Outros compositores estrangeiros como Franz Liszt, Franz Lehár, Bedřich Smetana, Antonín Dvořák e Béla Bartók, e tiveram grande influência na música austríaca.

Parece-me que não só Strauss, que compôs a valsa “Bosques de Viena”, é popular. Os objetos réplica de Mozart parecem ser os preferidos entre os clássicos, pois é enorme a variedade nas lojinhas. Eu trouxe uma miniatura do violino e da caixa do Mozart, uma preciosidade!, além de outras quinquilharias lindas.

Na música popular, o ritmo mais associado à Áustria é a valsa e, nos dias atuais, a schrammelmusik. Outra característica musical associada à Áustria é o iodelei, que conhecemos como tirolês, que, aliás, dancei na aldeia de Grizing. Alguns nomes internacionalmente famosos da música popular austríaca são o pianista de jazz Josef Zawinul e o roqueiro Falco.


Os ramos mais fortes da ciência austríaca sempre foram a medicina e a psicologia, a partir da Idade Média com Dr. Paracelso. Para informar, os grandes médicos como Theodore Billroth, Clemens von Pirquet e Anton von Eiselsberg construíram ao longo do século XIX a Escola de Medicina de Viena.


A Áustria também foi o lugar de nascimento do médico e neurologista Sigmund Freud, dos psicólogos Alfred Adler, Paul Watzlawick e Hans Asperger e do psiquiatra Viktor Frankl. Grande destaque merece ser dado a Karl Landsteiner, médico austríaco laureado com o Nobel de Fisiologia da Medicina, em 1930, pela classificação dos grupos sanguíneos no sistema ABO e pela descoberta do fator Rh.

A propósito, fui à casa de Freud, muito longe do centro da cidade, por isso no meio do caminho quase desisti! Tanto esforço desperdiçado, porque lá nada vi de especial. Algumas das empresas austríacas mais famosas são a marca Wolford, a fabricante de armas Glock e a isotônica Red Bull.

A culinária austríaca é uma das mais multiculturais da Europa, tendo recebido influências da Hungria, República Checa, Itália e Alemanha (Baviera) e é muito conhecida internacionalmente por seus doces e massas folhadas. Alguns dos mais famosos pratos são o schnitzel vienense (o spätzle, um tipo de macarrão). A apelstrudel um tipo de torta de maçã de origem alemã, muito mais saborosa do que a apple pye americana (irk! insossa), com massa folhada e a sachertorte, um tipo de torta de chocolate.

Passando pelas vitrines das docerias, eu ficava extasiada pelas formas e cores desses quitutes. As construções em Viena são douradas, tudo reluz a ouro. Trata-se de uma cidade lindíssima , suave, calma, adorável. Tão delicada que pisei no seu chão com todo cuidado.

ESCRITO POR MARLENE VAZ

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