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QUEM DE NÓS CONFESSA SEU MEDO?

Diante da grave situação econômica e política do Brasil, construiu-se uma nova representação de poder, agregada pelas redes sociais. Alguns criticam que as redes tornaram-se um tribunal de condenação. Ora, historicamente quando falham os Poderes Executivos, Legislativo e Judiciário, o povo projeta o presente e o futuro nos seus valores éticos.

Todavia, despertaram no Paraná a Segurança Pública com a Polícia Federal, os Fiscalizadores do Estado com o Ministério Público, e a Justiça com Juiz Federal Sérgio Moro. Então, o povo cede seu papel de investigação, representação e justiça a esses que constituem, para a população, a concretização da democracia. Porque estão provando que nenhum cidadão está acima da lei.

Restou o Poder Executivo que não consegue governar, tornando-se refém da opinião pública. E, assim, é legitimo que o povo planeje ir às ruas no Dia 13 de Março para protestar.

Com um fato novo desencadeado pelo Senador Delcídio do Amaral, que era líder do Governo no Senado, várias denúncias tornaram-se passíveis de investigação. E a condução coercitiva do ex-presidente Lula para prestar depoimento, tratou-se “apenas do esclarecimento da verdade e não significa antecipação de culpa”, então ele não foi preso e teria o direito até de ficar calado. Contudo, mesmo assim, surgiu o comando de incitação à violência, para amedrontar cidadãos que têm o direito democrático de ir às ruas. O certo é que a violência física e verbal só agrava a situação daqueles que estão sendo investigados na Operação Lava Jato.

Segundo Delumeau, até o séc.XVI construiu-se o conceito de medo. A coragem ficava para os poderosos que governavam, e o medo para o povo, reproduzindo o social no corpo físico. Assim, a coragem fica no cérebro, e o medo no baixo ventre, por isso quando se tem medo sente-se cólica.

Não ter medo é burrice. Medo todos devem ter, para a sobrevivência da raça humana. O que não podemos ser é covardes. Precisamos, com urgência, é arrancar o medo das vísceras e jogá-lo no cérebro, racionalizando quais as armas ESTRATÉGICAS que devo aplicar contra os que se dizem nossos inimigos.

Dizem que são nossos inimigos. Tratam-se de certas pessoas que têm interesses pessoais, outras que não conseguem compreender o processo, e inúmeros intelectuais que não aceitam admitir que o sonho acabou. Porém, não somos inimigos, somos todos humanos com nossas similitudes e diferenças.

Acreditando no bom senso e na proteção das Policias Civil e Militar, iremos às ruas em 13 de Março garantidos pela liberdade de revindicarmos direitos que estão usurpados, porque quanto mais recuarmos, mais espaço cederemos aqueles que se dizem nossos inimigos.

ESCRITO POR MARLENE VAZ

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