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Análise dos Filmes: O Quarto de Jack e Spotlight


Abuso sexual é o ato ou jogo sexual em que o adulto manipula o corpo de crianças ou de adolescentes, com ou sem o consentimento destas, geralmente ocorrida no lar, mas também na vizinhança e em instituições. O abusador ameaça de morte à vítima, se esta contar a alguém! Resultado - síndrome conectadora do segredo.

Construí 03 categorias sociológicas, após minhas pesquisas. O abusador sexual circunstancial, o abusador que sofreu violência sexual na infância e o pedófilo.

O abusador circunstancial é o que age pela motivação de desigualdade entre homem e mulher nas relações de gênero, adicionadas a outras causas sociais, portanto é um abuso de natureza sistêmica. Esses abusadores podem ser acionados pela baixa estima e/ou estimulado por álcool e drogas. Eles sentem atração por meninas e podem ser tratados em terapias com psicólogos. Também podem estuprar mulheres.

Uma causa que também motiva esses agressores é a ilusão da cultura masculina procurando prolongar o envelhecimento buscando parceiras cada vez mais jovens, escamoteando a possibilidade de, ao enxergar as rugas no rosto de uma mulher madura, deparar-se com a realidade de que também estaria envelhecendo. “Troco você por duas de 20”, mas está trocando também por duas de 05 anos, como identifiquei nas minhas pesquisas.

O abusador que sofreu violência sexual na infância e reproduz a violência, pelos especialistas trata-se de um número não significativo, e ocorre quando não foram tratados por terapia com psicólogos, associada a terapias alternativas, como esporte, música, etc. Há também crianças que são resilentes ou que possuem elementos constitutivos, possivelmente no DNA, capazes de superar crises.

Já o pedófilo é um psicopata. E só sentem atração por crianças, até mesmo bebê, e adolescentes, e não escolhem o sexo, tanto feminino como masculino, é o que aparecer, portanto, nada tem a ver com homossexualismo. E não se conhece a causa, por isso ainda não existe tratamento. Segundo psiquiatras americanos, que conversei num Congresso no Japão, parece que algo acontece na passagem da infância para a adolescência e eles não conseguem amadurecer a sexualidade. Outro pressuposto é de que nasceram assim. Os que sofreram violência sexual na infância são muito poucos, segundo estatísticas americanas. Nada se sabe de definitivo.

O diagnóstico e acompanhamento da pedofilia devem ser feitos por psiquiatras, através de terapia e antidepressivos, mas não tem cura porque não se conhece a causa, como me disseram aqueles psiquiatras.

Os pedófilos são homens, raras mulheres, procuram profissões que os coloquem acima de qualquer suspeita, ou então procuram uma vida reclusa nas grandes cidades. Como psicopatas, agem como o serial keeler. Por mais que tentem disfarçar, inconscientemente se tiverem chance deixam rastros, como filmagens, gravações, fotos, para assim mostrar uma forma de poder e, ao mesmo tempo, quem sabe, serem denunciados, livrando-se de uma espécie de sofrimento. Abusadores sexuais presenteiam as vítimas, como forma de sedução. E os pedófilos amam com paixão e acham que estão fazendo o bem às suas vítimas, esquecendo-se de que o abuso sexual atinge também à família da vítima.

No filme “O Quarto de Jack”, trata-se de um pedófilo vivendo no anonimato numa cidade americana. Aproveito pra comentar que a mídia tanto é parceira investigativa no enfrentamento do problema, como é cruel ao querer expor à identidade das vítimas e de suas famílias para as manchetes que vendem. Às vezes colocam no jornal: “A menor J.S. moradora na rua X, bairro Y, filha de X,....”. Quem não idêntica a vítima? Pela Convenção de Genebra, em situações de guerra crianças e adolescentes não devem ser expostas, bem como não causar dor às suas famílias. No caso do abuso sexual a mídia, muitas vezes, etiqueta às vítimas, para sempre, como “abusados sexuais”. Nesse filme poderão observar a consequência do assédio da mídia pelas perguntas formuladas à vítima.

Enquanto que no filme “Spotlight”, um caso verídico, a situação se passa com padres da Igreja Católica. E o público confunde abuso sexual com pedofilia. Alerto que a abstinência sexual dos padres pode resultar em abuso sexual de meninas, o que seria um possível caso de abusador circunstancial. Os padres que abusam de meninos e meninas poderia ser um caso de pedofilia. Aparecem mais casos com meninos, porque a igreja católica podou por séculos a participação de pessoas do sexo feminino nos seus rituais, assim, meninos sempre foram mais próximos da igreja.

Pergunto-me. Será que alguns homens que sentem essa atração por crianças e adolescentes procuram pela profissão de padres, para serem considerados cidadãos acima de qualquer suspeita? Ou foram abusados sexualmente por padres pedófilos quando coroinhas? Ou abusam sexualmente de meninas pela abstinência sexual imposta?

Crianças que sofrem abuso sexual se partem em duas, quando não recebem tratamento psicoterápico. Uma é menina criança ou adolescente, a outra é uma pessoa demonstrando uma atuação teatral de sexualidade. E aí os desavisados põem a culpa na menina, porque se mostra sensual. Alerto que, mesmo que uma criança ou adolescente se insinua para um adulto, cabe a esse adulto dizer não, pois precisa saber qual o limite entre seu corpo e o corpo de uma criança ou adolescente.

Assistam os dois filmes, reflitam e vejam que podem contribuir para o enfrentamento do abuso sexual discando 100, para fazer denúncias às autoridades.

ESCRITO POR MARLENE VAZ

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